O POETA


Roberto Pontes é poeta, crítico, ensaísta, tradutor e professor de Literatura Portuguesa e Africanas de Língua Portuguesa na Universidade Federal do Ceará. Integrou o Grupo SIN de literatura, que em 1968 imprimiu novo rumo às letras do Estado do Ceará. De 1995 a 1998 foi Orientador das Oficinas de Poesia da Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. É Mestre em Literatura Brasileira e Doutor em Literatura Portuguesa. Tem quatro livros de poemas publicados: Contracanto (1968), Lições de espaço (1971), Memória corporal (1982) e Verbo encarnado (1996), e um de ensaio, Poesia insubmissa afrobrasilusa (1999), em cujas páginas, partindo da poesia de Pablo Neruda (chileno), estuda a de José Gomes Ferreira (português), Carlos Drummond de Andrade (brasileiro) e Agostinho Neto (angolano). No momento RP se dedica à tradução de poetas hispânicos a exemplo de César Vallejo, Pablo Neruda, Nicanor Parra, Ernesto Cardenal, Roberto Fernandez Retamar, Jorge Carrera Andrade, Nicolás Guillén e Manuel del Cabral.
Sua atuação crítica tem-se dado em revistas e jornais brasileiros como “Encontros com a Civilização Brasileira”, “Tempo Brasileiro”, “Vozes” e “Poesia Sempre”, “Jornal de Letras”, “Suplemento Literário Minas Gerais” e “Poiésis”.
O poema “Os ausentes”, dedicado a Frei Tito de Alencar Lima, seu companheiro de juventude massacrado pela ditadura militar de 1964, foi traduzido para o Francês pelos frades dominicanos de La Tourette, Lyon, e divulgado em vários países pela Anistia Internacional. O livro Memória corporal, foi traduzido para o espanhol por Olga de Ramal e a série inédita Breve guitarra galega, para o galego, pelo poeta Gonzalo Armán, e aguardam publicação.
RP é fundador do Grupo Poesia Simplesmente, do Rio de Janeiro, e do Grupo Verso de Boca, do Curso de Letras da Universidade Federal do Ceará e Presidente do Instituto Afrobrasiluso de Pesquisa e Estudos Literários–IAPEL.
Sua obra está referenciada em Literatura Cearense de Sânzio de Azevedo (Fortaleza, ACL, 1976), na História da Literatura Brasileira de Luciana Steggano Picchio (Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1995), Dicionário Biobibliográfico de Escritores Contemporâneos do Estado do Rio de Janeiro Org. por Eduarda Zandron (Rio de Janeiro: Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro, 1997) e na Enciclopédia de Literatura Brasileira (Org. Afrânio Coutinho e J. Galante de Sousa, São Paulo: Global, 2002) e seus poemas estão incluídos em antologias como Sincretismo: A poesia da Geração 60 (Rio de Janeiro: Topbooks, 1995) org. por Pedro Lyra, A poesia cearense do século XX (Rio de Janeiro: Imago, 1996) org. por Assis Brasil, Duas águas (Campinas-São Paulo: Unicamp, 1997) org. por Pablo Simson e Roberval Pereyr e Águas dos trópicos (Recife: Edições Bagaço, 2000) org. por Beatriz Alcântara e Lourdes Sarmento.
RP recebeu os seguintes prêmios: Universidade Federal do Ceará (1970) conferido ao livro Lições de espaço; Esso-Jornal de Letras (1970) outorgado ao ensaio Vanguarda brasileira: Introdução e tese; e Olimpíadas Literárias da Independência (1971) atribuído ao poema “Garimpo” pela Fundação Nacional dos Garimpeiros (de Brasília-DF.).
Entre as distinções que tem merecido, destaque-se a da Fundação Cultural de Fortaleza, cidade natal do poeta, que o distinguiu com a “Comenda do Mérito Literário” em 1987, e a ocorrida no “III Festival Carioca de Poesia”, que o homenageou pelos serviços prestados à arte da palavra, dedicando-lhe a noite de 2 de dezembro de 2001. Os demais dias do Festival, realizado no Teatro Gláucio Gill, do Rio de Janeiro, foram dedicados aos poetas Ferreira Gullar, Thiago de Melo, Adélia Prado e Reynaldo Valinho Alvarez. 
Em 2002 representou o Brasil no Primeiro Festival Internacional de Poesia de El Salvador; em 2007 e 2008, no XII e no XIII Festival Internacional de Poesia de Havana-Cuba. Tem 11 livros de poemas e 2 de ensaios publicados. É detentor de 4 prêmios literários nacionais: Prêmio UFC (Poesia, 1970, CE), Prêmio ESSO-Jornal de Letras (Ensaio, 1970, RJ), Prêmio Olimpíadas Literárias da Independência (Poesia, 1971, DF), e Prêmio Nacional PEN Clube do Brasil (Ensaio, 1914, RJ), este último, conferido ao livro O jogo de duplos na poesia de Sá-Carneiro.  

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